Do amigo Sócrates
Como aquele passista que resolve abandonar a vida numa madrugada de carnaval, Sócrates decidiu ir embora numa data festiva: a do Corinhians-Penta Campeão Brasileiro. Por mais intensa que seja a perda humana, restarão sempre vestígios de vida que a morte não apaga. O dever de quem fica é perseguir e revalidar esses vestígios. Sem que seja uma consolação, mas uma permanente ordem de esperança e continuação de vida. E Sócrates deixou tantos vestígios a serem revalidados. Jogava futebol não como uma competição, mas como expressão da mais popular das artes. Foi um grande artista da bola. Inventou, aprimorou, democratizou. Através do futebol, difundiu a palavra DEMOCRACIA, seu maior legado social e político. Agora, mais contundente do que nas comemorações dos gols, seu braço direito permanecerá erguido como um alerta para as novas gerações, um gesto de louvação à liberdade. Mantive com Sócrates uma longa amizade. Nós nos conhecemos em Ribeirão Preto, em torno da mús ica e do futebol. E essa amizade foi celebrada em 1982, no auge da Democracia Corinthiana, quando gravamos a canção “Corinthians do meu coração”, considerada o Hino nº 2 do Timão. Em nome dessa amizade, deixo aqui essa homenagem ao maior símbolo da arte e da liberdade no futebol brasileiro. – Toquinho
Conheci Socrates, em Quito, no ano 1995, data em que ele foi convidado pela prefeitura de Quito. Personagem inteligente e muito engracado. Na verdade, uma figura singular do futebol no mundo.
Francisco: Concordo plenamente, uma pessoa especial! E grande amigo!
Yours is a clever way of thninikg about it.
Obrigado!